quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Versos em luz

(21/08/09)

Facho de luz que refrata,
Encontra um punhado de prata
Congela o instante passado

Pequeno ardil de memória
Registra o relance da história
Sem um início, também sem um fim
Talvez pedaços de almas
Prisioneiras do verde, do azul e carmim

Entes queridos, datas festivas
Sonhos em papel
Que o tempo modifica, amarela, dilacera
Que hoje, mesmo inerte
Comovem e fazem chorar

Deixados à posteridade
Resquícios de amor e saudade
Daquilo que nunca se foi, e ainda para sempre será
Tudo que um dia já foi,
Se foi,
Certamente jamais tornará


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