domingo, 6 de julho de 2008

Policromia

(06/07/08)

Fundo negro
O Silêncio.
Lusco-fusco
Na penumbra
Fria, lívida, deslavada
Esmaecida luz azul
Azul claro
Azul-turquesa
Alguns toques de carmim

Alguns toques
O teu rosto
Pele alva
Brincos brancos
Teu sorriso
Impassível
Os teus olhos
Mas não olhas para mim

Sonho rosa, vira cinza
Leve aperto
Coração
O vermelho
Sobe aos olhos
Vejo o mundo em branco e preto
Branco
Cinza
Preto
Negro
Resta só a escuridão....

Ilusão

(11/05/2008)

Esperança
Paraíso
A metade
Seja eterno
Sangue-suga
Desavença
Obrigação

Regra três
Alternativa
Paixonite
É muleta
A chatice
Muita encrenca
Tô sem muita opção

O escore
O placar
Nas viagens
Desafios
Desperdício
Meio doido
Coisas de auto-afirmação

Só desejo
O pior e o melhor
Passatempo puro e simples
Exercício de prazer
Exercício de lazer
Exercício, ou nem isso
Ou por mera distração

Por ser fácil
Ou difícil
Só por ser inatingível
Ou por ser pouco tangível
Proibido ou mesmo raro
Só pra dizer que não disse não

Uma luz no fim do túnel
É divino
É completo
Tábua de salvação

O engano
A razão de dedo em riste
Mais uma decepção

O ideal, imaginário
A infinita procura
Corre atrás do próprio rabo
A doce e eterna ilusão

Resposta

(24/04/2008)

Não quero chorar o teu pranto
Desejo que o pranto se cale
Que dele brote harmonia
Tua vida repleta de vida
Vivendo-a em plena alegria,

Que a luz que tu vês te ilumine
Que o afago pra sempre te embale
Que o carinho te envolva e conforte
Que o abraço distante te aqueça
Que a estrada da vida te leve
Pra onde quiseres chegar.

E que minha palavra te sopre
Bem leve ao pé do ouvido:
“Sim, ri junto ao teu riso
Não, “please”,
Por favor, não me agradeça,
Pois rir com tão belo sorriso
Certeza! É meu privilégio”