sábado, 17 de dezembro de 2011

Insignificante

Como bela estrela singela
Fulgura sozinho, cinzento
No brilho do sol que inicia
Ali, plantado, estranho
Perdido na luz da manhã

Infame, nem Rígel nem Vega
Nem Sirius, nem Pólux, Capela
Provável, estrela qualquer
Obscuro e desconhecido
Sonhando em ser descoberto
Um dia ser Aldebarã

Vagando sozinho no mundo
Sem rumo, sem norte, sem prumo
Indo de lado pra lado
Afim de expiar o pecado
De não ter comido a maçã

Passado e futuro inglório
Pertence à novela nenhuma
Nem Shakespeare, nem Verne, nem Dumas
Morreu de Romeu sem Julieta
Foi Nemo afogado em banheiro
E fosse dos três mosqueteiros
Nem mesmo será D'Artagnan

Abá que não teve cunhã
Nem deus, nem herói, nem titã
Despido, sem muiraquitã
Sem ontem, sem hoje, sem nada
Decerto também sem amanhã

Pimpão 2.0

Pois venha sonhar
Sonhar aventuras
Voar nas alturas
Imaginação

História em quadrinhos
Você é Sininho
Eu sou Peter Pan

Fazer uma festa
Brincar na floresta
Só Jane e Tarzã

Brincar noite inteira
Falando bobeira
Até, derradeira,
A luz da manhã

Você Chapeuzinho?
Quero ser o Lobo
Da corte seu bobo
Também seu galã

Pois, cruze o espaço
Venha dormir no abraço
Do seu amorzão

Que mesmo cansado
Se vira de lado
Lhe dá um carinho
Afago e beijinho
Calor e paixão

Deixe ser seu palhaço
Do circo um pedaço
A lona e o mastro
Do seu coração

(Adaptado da musica Ursinho Pimpão)